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leitura hagiográfica

leitura hagiográfica
Hagios, em grego, significa «santo». Leitura ha¬giográfica é a referida aos Santos. No ofí¬cio de Leitura, a primeira leitura é bíblica. A segunda costuma ser patrística, com páginas de Santos Padres ou de outros autores: mas esta, quando se celebra a festa ou a memória de um santo, substitui-se pela leitura hagiográfica, ou seja, um texto «que fala expressamente do Santo celebrado ou a ele se pode muito bem aplicar, quer algum trecho tirado dos escritos do mesmo Santo, quer ainda a sua biografia» (IGLH 166). 
É muito antigo, na Igreja, o costume de ler as actas dos mártires, sobretudo no Ofício Divino e concretamente nas vigílias. Na liturgia hispânica, liam-se estas páginas tomando-as do Passionário, livro que contém o relato da vida e sobretudo da morte ou «paixão» de cada santo, começando a leitura no Ofício e reservando o seu ponto culminante para a Missa. Em Roma, estas leituras aceitaram-se mais tarde, mas só no Ofício Divino. 
O Vaticano II (cf. SC 92) deu a orien¬tação de evitar passagens alegóricas ou lendárias, buscando a verdade histórica e o bem espiritual dos leitores ou *ouvintes (cf. IGLH 167-168). Por isso, não costumam abundar páginas biográficas, mas as de conteúdo espiritual ou as que reflectem o carisma próprio do santo.