Fonte
batismal
Também
chamada «pia batismal» é o recipiente que, dentro do batistério, contém a água
para a celebração do Batismo. A sua importância simbólica é evidente: nela,
pela água e pelo Espírito, renascemos para uma vida nova, submergidos no
Mistério Pascal da morte e ressurreição de Cristo.
Nos
inícios da Igreja, seguramente, os batismos realizaram-se na água corrente, em
rios, piscinas e poços. Depois, criaram-se lugares específicos. Conservam-se
ainda algumas fontes batismais do século III, construídas em pedra, de forma
quadrada, hexagonal, octogonal, cruciforme ou circular, com simbolismos
próprios em cada uma destas formas.
As
catedrais e as paróquias devem ter uma fonte batismal, assim como outras
igrejas, se assim o entender o bispo do lugar. Por vezes, a água brota viva
dessa fonte, em repuxo. A fonte, que é o lugar mais expressivo e recomendado
para este sacramento, deve ser fixa, digna e apta para a imersão. Em
determinados casos, por razões de conveniência, sobretudo em celebrações
numerosas, o sacramento pode realizar-se fora da fonte batismal, num recipiente
digno, situado num lugar mais visível. A própria fonte, pelo seu simbolismo de
sacramento de ingresso na comunidade e na vida de Cristo, é conveniente que
continue a ter o seu lugar junto à entrada da igreja.
No
Cerimonial das Bênçãos (nn. 832-876), encontram-se os ritos e os textos para a
bênção de uma nova fonte batismal, na presença do povo cristão, com orações e
símbolos que ajudam a entender a riqueza deste lugar e do sacramento que nele se
celebra: é rica, sobretudo, a oração do n. 869.
Na
festa da Páscoa, além do solene rito batismal que à volta desta fonte se
celebra na Vigília, também é belo o costume das Vésperas batismais, na tarde do
domingo, caminhando o povo, em procissão, à fonte, entoando o canto de Salmos,
e renovando assim, cada ano, a recordação do Batismo, com todo o seu sentido
pascal.
