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Exsultet

Exsultet

(Alegre-se, exulte) é a primeira palavra do Precônio Pascal que o diácono canta, no início da Vigília Pascal, enquanto os fiéis, com as suas velas acesas na mão, escutam atentamente: «exsultet iam angélica turba colorum» («alegre-se a multidão celeste dos anjos»). Também se chama «Angélica» ou «Precónio Pascal».
De autor desconhecido, deve ser da primeira metade do século IV, porque já é citado por Santo Ambrósio, São Jerónimo e por Santo Agostinho. É um hino de louvor à noite, a Cristo, ao Círio. É como um lucernário gozoso ou um Prefácio solene da grande Festa Pascal, cheio de lirismo, convidando à alegria e ao louvor, pelo que esta noite significa para a comunidade cristã. É a noite em que Deus tirou os Israelitas da escravidão do Egito. E, sobretudo, a noite do êxodo e libertação verdadeiros, realizados por Cristo para todos nós. Noite ditosa, iluminada pela Luz que é Cristo. O Círio é o símbolo simples e expressivo desta festa, em que todos participam da libertação salvadora da Páscoa.

Este pregão canta-se solenemente, na sua versão mais longa ou na abreviada, do ambão – reservado, normalmente, para a Palavra revelada de Deus – depois de ter incensado o Círio, e intercalando, se parecer oportuno, aclamações cantadas por parte da comunidade, que, durante o seu canto, mantém na mão as velas pessoais, que se acenderam do Círio Pascal.