Exéquias
Do
latim, ex-sequi, ex-sequiæ (seguir, acompanhar), as exéquias são a série de
ritos e orações com que a comunidade cristã acompanha os seus defuntos e os
encomenda à bondade de Deus.
Em
todos os povos e culturas se cuidou sempre, com ritos variados e expressivos,
do acompanhamento dos que falecem, e, depois, da sua recordação e veneração. Os
cristãos, ao princípio, imitaram os usos dos judeus e dos vários povos. A
primeira notícia temo-la à volta do proto mártir Estevão: «homens piedosos
sepultaram Estevão e fizeram por ele grandes lamentações » (Act 8,2). Mas a
novidade era a esperança pascal, desde que Jesus Cristo iluminou o mistério da
morte com a sua própria experiência: «não vos [contristeis] como os outros, que
não têm esperança. Se acreditamos que Jesus morreu e ressuscitou, do mesmo
modo, Deus levará com Jesus os que em Jesus tiverem morrido» (1Ts 4,13-14).
Na
Idade Média, sublinhou-se, no conjunto das exéquias, o aspecto mais lúgubre e
trágico, com cânticos como o Dies iræ ou o Libera me, pondo ênfase ao mesmo
tempo na intercessão pelos defuntos. O Concílio Vaticano II determinou,
explicitamente: «O rito das exéquias exprima mais claramente o sentido pascal
da morte cristã e corresponda melhor, também na cor litúrgica, às condições e
às tradições de cada região» (SC 81).
No
ano de 1969, promulgou-se o novo Ordo Exsequiarum (edição em português de 1970,
com segunda edição oficial em 1984).
A
forma primeira, a típica, contém três «estações»: em casa do defunto, na igreja
e no cemitério, com as procissões ou trasladações intermédias (da casa para a
igreja e da igreja para o cemitério). A segunda forma considera só duas
«estações»: na casa mortuária e na igreja, realizando-se a despedida na própria
igreja. E a terceira forma é quando se celebra tudo na igreja, pela dificuldade
das trasladações processionais, da casa para a igreja ou desta para o
cemitério. Então, faz-se um acolhimento breve no átrio da igreja e, aí mesmo, a
despedida, no final da celebração.
