Coro
Do
latim, chorus (grego oros ou choros), o coro é um grupo de pessoas que cantam
ou dançam. Santo Isidoro define-o como «multitudo canentium», grupo de
cantores. Fala-se de «coro de virgens» ou de «coro de anjos», e aplica-se
igualmente aos «religiosos de coro» ou ao grupo de clérigos que cantam na
celebração comunitária. Por isso, fala-se de «reza coral» ou «canto coral».
A
palavra indica também, por extensão, o lugar que o grupo de cantores ocupa na
igreja: espaço que, às vezes, é uma verdadeira obra de arte, com os seus assentos
decorados, situado no centro das igrejas antigas – sobretudo nas catedrais e
mosteiros – para a oração dos clérigos ou dos religiosos, ou o coro situado ao
fundo da igreja num nível mais alto, ou a um lado do presbitério, sempre com
alguma distinção no que respeita à nave dos outros fiéis.
O
grupo de cantores – também chamado «coral» e «schola cantorum» – que atua na
celebração, exerce um ministério nobilíssimo em favor da assembléia cristã
celebrante. O canto entrou, a pouco e pouco, nas diversas igrejas,
primeiramente, terá sido sua protagonista a própria comunidade, ajudada,
sobretudo, pelo canto do salmista. Mas, a partir do século VI, foi-se
potenciando a «schola», o grupo de cantores que se preparavam para o cada vez
mais complicado canto em latim, fazendo de ponte entre os fiéis e o sacerdote,
até chegar a assumir quase todos os cânticos que, em tempos recuados, eram
próprios do povo.
O
coro, às vezes, acompanha com o seu canto o da comunidade ou alterna com ela.
Outras vezes, os membros do coro ou «schola» cantam sós, por exemplo, no
ofertório ou na Comunhão, criando um clima de oração festiva.
É
indubitável o benefício que trazem à comunidade celebrante estes coros que,
depois de aturados ensaios e esforços, realizam o seu ministério litúrgico na
celebração. Não são só virtuosos da música ou profissionais que atuam, mas
crentes – adultos, jovens ou crianças, os «pueri cantores» – que celebram eles
próprios e, além disso, ajudam que toda a comunidade se sintonize melhor com
cada momento da celebração. Por isso, se recomenda, encarecidamente, que
existam estes coros nas catedrais, paróquias, seminários, casas religiosas (cf.
SC 114 e MS 19).
