Consagração
das Virgens
O
Ritual da Consagração das Virgens é distinto do da Profissão religiosa. Ambos
apareceram em 1970, renovados conforme as orientações do Concílio (cf. SC 80).
Em Portugal, O Ritual da Profissão Religiosa foi publicado em 1970, com segunda
edição em 1993, e O Ritual da Consagração das Virgens foi publicado em 1993.
Na
Consagração das Virgens, o Ritual apresenta, antes de mais, numas «observações
prévias», o sentido deste rito solene, pelo qual «a virgem consagrada é sinal
transcendente do amor da Igreja para com Cristo e imagem escatológica da Esposa
celeste e da vida futura» (CB 715). Pelo rito da consagração, a Igreja
manifesta o seu amor à virgindade, implora a graça sobrenatural de Deus sobre
as virgens e pede insistentemente a efusão do Espírito Santo. A novidade está
em que esta consagração de mulheres virgens a Cristo não só se reserva para as
monjas, mas também para outras religiosas e para mulheres leigas, com
diferenças na celebração do rito convenientemente assinaladas.
A
estrutura do rito, desde o século VI, foi evoluindo, com um ponto de referência
claro nos formulários do Pontifical Romano germânico do século X, tentando
sempre exprimir o dom de Deus que consagra as virgens e a entrega destas a
Deus, com a plena consagração da sua virgindade e da sua vida. O ministro desta
celebração é o bispo ordinário do lugar, enquanto que, na Profissão religiosa,
pode ser o superior provincial.
A
estrutura da celebração é a seguinte: depois da primeira parte da Eucaristia,
tem lugar o chamamento, a homilia, o interrogatório, as Ladainhas dos Santos, a
renovação do voto de castidade, a solene oração consacratória (que é a que
melhor descreve a teologia da Consagração das Virgens) e a entrega das
insígnias, por exemplo, o véu, o anel, o livro de oração.
