Batistério
Chamava-se
batistério (do grego, batisterion, do latim, batisterium), originalmente, a uma
piscina para o banho. Na arquitetura cristã chama-se assim ao espaço onde está
situada a fonte ou a pia batismal, uma das partes mais significativas da
igreja.
Nos
primeiros séculos, nas casas particulares, onde se reunia a comunidade cristã –
como em Doura Europos (Mesopotâmia) – configurava-se um espaço com símbolos batismais.
Mas, sobretudo quando, a partir do século IV, se construíram igrejas cristãs,
logo apareceu o batistério, dentro da igreja ou próximo dela, às vezes, em
forma redonda, outras hexagonal ou octogonal, com diversos simbolismos e
adornos alusivos ao sacramento do Batismo, e, freqüentemente, dedicado a S.
João Baptista. Alguns destes batistérios, pensados para que neles fosse
possível a imersão, são autênticas obras de arte, conjuntos simbólicos para
celebrar e, ao mesmo tempo, educar no sentido do sacramento. São famosos os de
Ravena, Pisa ou S. João de Latrão (Itália).
Mais
tarde, simplificou-se o espaço, até adquirir a atual forma de uma pia grande de
água. Nas catedrais e paróquias tem particular sentido este espaço batismal,
que se situa normalmente à entrada do edifício, para simbolizar também o caráter
de iniciação cristã e de entrada na comunidade.
O
Ritual do Batismo das Crianças descreve-o assim: «O batistério, ou lugar onde
está a fonte batismal com água corrente ou não, é reservado ao sacramento do Batismo
e deve ser verdadeiramente digno, pois ali renascem os cristãos, pela água e
pelo Espírito Santo» (Preliminares, n. 25). Há ritos que se fazem fora do batistério
(leituras, por exemplo), e outros, nele: o rito da imersão na água. Estes
últimos ritos «podem fazer-se noutros lugares mais aptos na igreja, se a capela
do batistério for demasiado pequena para conter todos os catecúmenos ou todas
as pessoas presentes» (Preliminares, n. 26).
Dicionário
Elementar de Liturgia - José Aldazábal
