Ambão
A
palavra latina ambo vem do grego, anabaino (subir), e designava um lugar
elevado, a tribuna, com varanda e átrio, próxima da nave, donde se proclamava a
Palavra ao povo. A evolução para dois ambões e para o púlpito foi posterior.
Em
algumas igrejas orientais, sobretudo sírias, este lugar elevado situa-se
sobretudo no meio da nave, e chama-se bema.
Na
atual reforma, potenciou-se de novo a importância da Palavra de Deus e a sua
proclamação na assembléia. Por isso, o ambão volta a ser considerado como um dos
três pólos simbólicos e de atenção na celebração, junto com o altar e a sede do
presidente. «A dignidade da Palavra de Deus requer que haja na igreja um lugar
adequado para a sua proclamação e para o qual, durante a liturgia da Palavra,
convirja espontaneamente a atenção dos fiéis. Em princípio, este lugar deve ser
um ambão estável e não uma simples estante móvel» (IGMR 309). Todavia, a
introdução ao Lecionário especifica mais este respeito e sentido simbólico: «um
lugar elevado, fixo, dotado de conveniente disposição e nobreza, que
corresponda à dignidade da Palavra de Deus e, ao mesmo tempo, recorde com
clareza aos fiéis que, na Missa, se prepara tanto a mesa da Palavra de Deus
como a mesa do Corpo de Cristo» (OLM 32).
O
Missal especifica que o ambão está «reservado» à proclamação da Palavra, e
desaconselha que, a partir dele, se profiram outras palavras. Para as monições,
ensaios e direção dos cânticos, para os avisos e, se possível, também, para as
orações dos fiéis e até para a homilia, seria melhor que se encontrasse outro
lugar menos destacado do que para a Palavra. No caso da homilia, o lugar que se
recomenda é a sede do presidente, como repete a OLM e surge mais claramente no
Cerimonial dos Bispos (n. 51).