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Quinquagésima

O nome «Quinquagésima» aplica-se ao dia que perfaz o número cinquenta, e, ao longo da história, aplicou-se tanto ao Pentecostes, no final da Cinquentena Pascal, como ao dia que perfazia, mais ou menos, o quinquagésimo, antes da Páscoa. 
Com efeito, além da Quaresma – quarenta dias de jejum e preparação da Páscoa – foi-se intalando o costume, tanto no Oriente como, depois, em Roma, já no século VI, de aumentar esse jejum com uma semana mais (sur¬gindo o Domingo da Quinquagésima), ou duas (dando origem ao Domingo da Sexagésima) e inclusive três semanas (Domingo da Septuagésima). Estes números não eram exactos, mas aproximativos. 
Este aumento do tempo de jejum parece ter tido origem monástica. Do Oriente passou à Península Ibérica e à Gália, e, a seguir, finalmente, a Roma e ao resto do Ocidente. Pode ter sido inspirado pelo desejo de prolongar a preparação penitencial, de modo que os quarenta dias de jejum, propriamente ditos, fossem completos, descontando não só os domingos, mas também os sábados, dias em que em algumas regiões pouco se jejuava. 
Na actual reforma (1969), suprimiu- 
-se este acrescento dos dias de jejum e, em consequência, o domingo da Quin¬qua¬gésima, assim como também a oitava que se seguia ao Pentecostes, definindo, desta forma, com mais precisão, tanto a Quaresma como a Cinquentena Pascal.