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purificação

Do latim, purum-facere (purificar). É uma realidade que, na Liturgia, pode ter diferentes sentidos.
No processo catecumenal, há um período que se chama «de purificação» ou de «iluminação», e coincide normalmente com a última Quaresma, antes da celebração dos sacramentos da Iniciação. Antes, está o catecumenato e, depois, o tempo da «mistagogia». Este período de purificação e iluminação está descrito e explicado no Ritual da Iniciação Cristã dos Adultos: RICA 21-26.152-159 (cf. EDREL 87-
-92.154-161).
Num sentido mais concreto fala-se de purificação das mãos e dos vasos sagrados depois da comunhão: agora diz--se, mais apropriadamente, «ablução».
Do mesmo modo, chama-se «*purificatório» ou «sanguínio» ao pequeno pano branco que se utiliza para purificar os dedos (depois da fracção ou da distribuição da comunhão), para limpar o cálice, para limpar a patena ou o *relicário ou a cruz que se dá a beijar.
Antigamente, também se falava da «purificação da mãe» – ainda se faz em alguns ritos orientais –, quando esta fazia a entrada na igreja, imitando o costume judaico da purificação das mães, aos quarenta dias do nascimento do seu filho. Daí que a festa da Apresentação do Senhor se chamasse «Purificação de Nossa Senhora». A Celebração das Bênçãos oferece umas formosas fórmulas para a «bênção da mulher antes ou depois do parto» (nn. 215-257).