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presbítero

A Ordem é o sacramento que permite o ingresso de alguns cristãos, no ministério do episcopado, do presbiterado ou do diaconado. 
«Presbítero» vem do grego, presbyter, que significa «ancião», e se relaciona com o nome dado, pelos primeiros cristãos, aos encarregados da comunidade. 
Os presbíteros são ordenados como colaboradores dos bispos, no cumprimento da sua missão pastoral: «O ministério dos presbíteros, enquanto está unido à ordem episcopal, participa da autoridade com que o próprio Cristo edifica, santifica e governa o seu Corpo. O sacerdócio dos presbíteros […] é conferido por um sacramento próprio, pelo qual os presbíteros, por meio da unção do Espírito Santo, ficam marcados com um carácter especial que os configura com Cristo-Sacerdote, a fim de poderem agir em nome de Cristo-Cabeça» (PO 2). 
O seu papel ministerial dentro da comunidade fica bem expresso nos novos Preliminares do Ritual: «Participantes, segundo o grau do seu ministério, do múnus de Cristo, único Mediador, os presbíteros anunciam a todos a Palavra de Deus. […] São, em alto grau, para com os fiéis penitentes ou enfermos, ministros da reconciliação e do conforto, e apresentam a Deus Pai as necessidades e súplicas dos fiéis. Desempenhando, segundo a parte da autoridade que possuem, o múnus de Cristo Chefe e Pastor, reúnem a família de Deus como fraternidade animada num só todo e, por Cristo, no Espírito Santo, conduzem-na a Deus Pai. No meio do próprio rebanho adoram o Pai em espírito e verdade. Trabalham, enfim, pregando e ensinando, acreditando o que leram e meditaram na lei do Senhor, ensinando o que crêem e vivendo o que ensinam» (OBPD, n. 102: EDREL 1061). 
Quando se lhes encomenda, de modo peculiar, a oração das horas, completa-se a descrição do seu papel na comunidade cristã: «Os presbíteros, unidos ao Bispo e a todo o presbitério, fazem também, dum modo especial, as vezes de Cristo-Sacerdote, e participam da mesma função, orando por todo o povo a eles confiado e pelo mundo inteiro. Todos estes desempenham o mi¬nis¬tério do bom Pastor, que roga pelos seus para que tenham a vida e sejam consumados na unidade. Na Liturgia das Horas, que a Igreja lhes propõe, não somente encontrarão uma fonte de piedade e alimento para a oração pessoal, mas também um meio de alimentar e desenvolver, pela riqueza da contemplação, a sua acção pastoral e missionária, para alegria de toda a Igreja de Deus» (IGLH 28).
O mesmo acontece quanto à importância das celebrações eucarísticas de domingo, cuja importância é nuclear na vida de fé das comunidades, mas que também porta uma marca simbólica de pausa temporal saudável das rotinas diárias do trabalho: «Em várias regiões, cada paróquia já não pode usufruir da celebração da Eucaristia em cada domingo, porque o número dos sacerdotes diminuiu. […] Por tal motivo, a muitos presbíteros foi entregue o encargo de celebrar a Missa várias vezes no domingo, em igrejas diversas e distantes entre si» (EDREL 3233). «“Nenhuma comunidade cristã se edifica sem ter a sua raiz e o seu centro na celebração da santíssima Eucaristia.” [PO 6] … De¬vem ser examinadas, além do estado das paróquias, as possibilidades de recorrer a presbíteros mesmo religiosos» (EDREL 3253). 
No Ritual das Ordenações, publicado por Paulo VI em 1968, os ritos e os textos expressam a especificidade do sacerdócio presbiteral. O gesto central da sua ordenação é a imposição das mãos, feita em silêncio pelo bispo – e também por todos os presbíteros concelebrantes –, e as palavras que a seguir o bispo diz: «Nós Vos pedimos, Pai todo-poderoso, constituí estes vossos servos na dignidade de presbíteros; renovai em seus corações o Espírito de santidade; obtenham, ó Deus, o segundo grau da Ordem sacerdotal que de Vós procede, e a sua vida seja exemplo para todos.» 
A teologia e a dinâmica da celebração deste sacramento estão bem determinadas nos Preliminares gerais da nova edição típica deste Ritual (cf. EDREL 1028-1038).