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posturas

Na celebração litúrgica, expressamos os nossos sentimentos diante de Deus e da comunidade, para além de palavra e gestos, também com a linguagem das posturas corporais. 
Não é indiferente com que postura se participa numa acção ou se diz uma oração ou realiza um gesto simbólico religioso: por exemplo, na escuta do Evangelho, na Consagração da Missa, no momento de comungar ou de receber a bênção. 
O corpo também «fala», tem a sua linguagem, tanto na vida social como na litúrgica. É a pessoa inteira, desde a sua interioridade e da sua corporeidade, a que se encontra diante de Deus e lhe exprime a sua súplica, o seu louvor ou a sua alegria; ou realiza uma acção conjunta com a comunidade a que pertence. Por isso, um dos critérios fundamentais que o Missal recorda é que toda a comunidade adopte, nos momentos culminantes, uma postura uniforme: «A atitude comum do corpo, que todos os participantes na celebração devem observar, é sinal de unidade dos membros da comunidade cristã reunidos para a Sagrada Liturgia: exprime e favorece os sentimentos e a atitude interior dos participantes» (IGMR 42). 
As posturas corporais, por um lado, expressam a atitude da fé de cada pessoa, e, por outro, alimentam e favorecem esta mesma atitude. O mesmo sucede no nível comunitário. 
E como a linguagem corporal depende muito da cultura própria e da sua sensibilidade, a liturgia deixa uma margem de flexibilidade e criatividade: «Compete, todavia, às Conferências Episcopais, segundo as normas do direito, adaptar à mentalidade e tradições razoáveis dos povos os gestos e atitudes indicados no Ordinário da Missa. Atenda-se, porém, a que estejam de acordo com o sentido e o carácter de cada uma das partes da celebração» (IGMR 43).