O Invitatório – o salmo «que convida» – é «o princípio de todo o *ciclo da oração quotidiana; isto é, ou antes das Laudes matutinas ou antes do ofício de Leitura, conforme o dia se iniciar com uma ou outra destas duas acções litúrgicas» (IGLH 35). Consiste numa invocação dialogada («Abri, Senhor, os meus lábios. E a mi¬nha boca anunciará o vosso louvor»), se¬guida de um salmo com sentido de con¬vite ao louvor, intercalando uma an¬tífona própria do dia (por exemplo, «Vinde, adoremos o Senhor, que vem sal¬var o mundo»).
O Invitatório deve ser dito, sempre que precede o Ofício de Lei¬tura, podendo suprimir-se, se a pri¬mei¬ra oração é a de Laudes (cf. IGLH 35).
O Salmo Invitatório clássico é o Salmo 94: «Vinde, exultemos de alegria no Senhor», já testemunhado pela Regra de S. Bento, século VI, e que «é um convite dirigido todos os dias aos fiéis para que celebrem os louvores de Deus e escutem a sua voz» (IGLH 34). Também se podem cantar: o Salmo 99 – «Aclamai o Senhor, terra inteira»; o Salmo 66 – «Os povos vos louvem, Ó Deus »; ou o Salmo 23 – «Do Senhor é a terra e o que nela existe». As atitudes que estes salmos suscitam são de admiração e louvor, por um lado, e também de disponibilidade para escutar a sua voz. Nos tempos fortes e nas festas, a antífona reflecte a espiritualidade própria do tempo ou do dia, com a pedagogia de a ir repetindo entre as estrofes do salmo.