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Imaculada Conceição

Imaculada Conceição


Em 8 de Dezembro, em pleno Advento, celebra-se a solenidade da Imaculada Conceição: a preparação radical de Maria, o sim de Deus à humanidade, na pessoa desta jovem israelita, «a cheia de graça» (Lc 1,28), que a seguir responderia com o seu próprio sim. É a festa do começo absoluto, como lhe chama Paulo VI, quando Deus, por pura iniciativa sua, e preparando a chegada do seu Filho, «preservou a Virgem Maria de toda a mancha de pecado original, para que na plenitude da graça fosse digna mãe de seu Filho» (Prefácio). 
O papa Pio IX, em 1854, definiu como dogma de fé a Conceição Imaculada da Virgem, verdade na qual Maria se nos apresenta como a primeira redimida pela Páscoa de Cristo (cf. CIC 490-493). 
Este dia celebra-se também como festa de toda a Igreja e da humanidade, porque no dom gratuito que Deus faz a Maria nos abençoa a todos. Ela é «o feliz exórdio da Igreja sem mancha e sem ruga» (MC 3), e nela foi dado início à santa Igreja, esposa de Cristo, sem mancha e sem ruga, resplandecente de beleza e santidade. 
Em Portugal, a fé nesta virtuosidade de Maria é vivida pelo menos desde o século XII, a partir do qual se conhecem diversas igrejas, capelas e altares dedicados à Imaculada Conceição de Maria. O apogeu desta devoção deu-se quando o rei de Portugal, D. João IV, em 1646, reunidos os três Estados do Reino, consagrou Portugal e coroou a Imaculada Conceição como Rainha de Portugal.