flores
A
presença de flores na celebração litúrgica é um delicado e expressivo sinal de
quanto se aprecia e honra o que se celebra, o espaço em que se congrega a assembléia,
a imagem que se venera, o sacrário onde está a sagrada Reserva, o ambão donde
se proclama a Palavra. A estética – o bom gosto, a beleza que os olhos
contemplam, o perfume – enobrece e alegra a celebração cristã.
Todos
entendem a linguagem das flores! Um ramo na mesa festiva, ou oferecido como
prenda, ou colocado diante da imagem da Virgem, ou no cemitério sobre o túmulo
da pessoa querida, dispensam explicações de apresentação. A partir da
exuberante oferenda floral à Virgem, em alguns santuários famosos, até à
decoração generosa do Santíssimo, na noite de Quinta-Feira Santa, ou que se
coloca diante do sacrário, ou ainda a flor solitária que alguém oferece a outra
pessoa, constitui um gesto de fé e de amor ou de gratidão: homenagem a Deus,
ambientação festiva da celebração.
Há
tempos, porém, em que a discrição ou a ausência de flores contribui
pedagogicamente para a ambiência de gravidade e preparação da festa. Assim, no
Advento, recomenda-se moderação no uso de flores, preparando a alegria plena do
Natal. Enquanto que, na Quaresma, se proíbe a sua presença, no espaço cultual
(exceto, se se quiser, no IV Domingo – Domingo Lætare –, a meio do caminho
quaresmal), a fim de melhor se fazer ressaltar o momento da alegria pascal que
se aproxima.
