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Escrutínio

Escrutínio

Vem do latim, scrutari (esquadrinhar, examinar). Aplicamos o termo, por exemplo, à recontagem de votos numas eleições. Em registo cristão, dá-se este nome às provas e celebrações – feitas de oração, leitura e exorcismos – que se fazem sobretudo no caminho do catecumenado batismal.
No Ritual da Iniciação Cristã de Adultos explica-se a razão de ser destes escrutínios, na Quaresma que precede o Batismo (cf. RICA 154-159). A sua finalidade é purificar as almas e os corações, proteger contra as tentações, retificar a intenção, conseguir um sério conhecimento de si mesmo e promover a vontade a seguir, fielmente, a Cristo. Celebram-se três escrutínios, para favorecer o progresso no conhecimento do pecado e no desejo de salvação em Cristo. Têm lugar, sendo possível, nos domingos III, IV e V da Quaresma, com as leituras do *ciclo A (samaritana, cego e Lázaro), na presença da comunidade, que ora pelos *eleitos.
Também no caso de crianças em idade escolar se fazem estes escrutínios (cf. RICA 330-333), que se convertem praticamente em celebrações penitenciais para os que vão ser batizados e seus familiares. Trata-se sempre de escrutar o coração do catecúmeno e ajudá--lo a conhecer a sua própria debilidade, a vencer o mal e a aderir a Jesus Cristo (cf. RICA 25).
Noutras ocasiões, o escrutínio adquire sobretudo o sentido de exame dos candidatos a um sacramento: por exemplo, na ordenação ministerial ou na Profissão religiosa. Toma então a forma de um diálogo com eles, a respeito da sua intenção e disposições.