Confessionário
O confessionário é o lugar onde
se celebra a parte individual do sacramento da Reconciliação. Tomou o nome do
aspeto mais característico do mesmo, a confissão dos pecados, por parte do
penitente ao ministro da Igreja.
Durante séculos, este lugar
penitencial era simplesmente um assento aberto, às vezes situado na sacristia
ou numa capela discreta da igreja. Segundo parece, foi a partir de Trento que,
pela primeira vez, com S. Carlos Borromeo, nos fins do século XVI, se começaram
a idear os confessionários que hoje se conhecem, à semelhança de habitáculo ou
guarita, abertos à frente e com rede dos lados.
É corrente, agora, chamar-se-lhe
«*cadeira penitencial», ou seja, uma cadeira presidencial e, ao mesmo tempo
penitencial, onde possa ter lugar, em ambiente celebrativo, o encontro eclesial
deste sacramento. Por isso, atualmente, estuda-se a renovação e adaptação das
suas formas, como móvel. A Conferência Episcopal estabelece «que [na igreja,
capela ou oratório] haja sempre, em lugar patente, locais de confissão munidos
de grades fixas entre o penitente e o confessor, e que os fiéis que assim
desejem possam utilizar livremente. […] O local para o ato sacramental deve assegurar,
por um lado, a discrição e prudência requeridas no diálogo entre o penitente e
o sacerdote, e responder, por outro lado, às exigências de uma ação litúrgica,
de que fazem parte o acolhimento humano, a leitura bíblica e o gesto
reconciliador da imposição das mãos sobre o penitente. […] São de prever, além
disso, espaços ou dispositivos quer permitam o diálogo face a face para quem o
prefira» (CP 12).
