Báculo
Báculo,
do latim, baculum, baculus, significa bastão, bordão, cajado.
Em
sentido figurado e simbólico passou a indicar «apoio», pela sua função de ajuda
no caminhar e, sobretudo, «autoridade», por analogia com a vara ou bastão que o
pastor usa para conduzir e dirigir o seu rebanho. No Salmo 22 [23]2-4 alude-se
a esta ajuda de Deus: «o vosso cajado e o vosso báculo me enchem de confiança.»
Em Gn 49,10, anuncia-se que «Não se afastará o cetro de Judá, nem o bastão de
comando» (cf. também Jr 48,17).
Em
muitas culturas, desde a Antiguidade, o báculo significa a autoridade do governante,
nas suas diversas modalidades: desde o cetro do rei até à vara de marechal ou
ao bastão do alcaide. No âmbito eclesiástico – na liturgia hispânica, desde o
século VII, e em Roma, talvez no século IX –, o báculo passou a ser a insígnia
simbólica do Bispo, como pastor da comunidade cristã.
O
Bispo recebe o báculo no dia da sua ordenação, como um dos sinais visíveis do
seu ministério: «pela entrega do báculo pastoral indica-se o múnus de governar
a Igreja que lhe é confiada» (OBPD 26). Quando o recebe escuta estas palavras:
«Recebe o báculo, símbolo do múnus de pastor, e cuida de todo o rebanho no qual
o Espírito Santo te constituiu como Bispo, para regeres a Igreja de Deus» (OBPD
54). O Bispo leva o báculo na mão, quando preside a uma celebração solene da
sua comunidade, na procissão de entrada, durante a proclamação do Evangelho e
para a bênção final.
Também
o abade recebe e utiliza este mesmo sinal como símbolo da sua função pastoral.
Dicionário
Elementar de Liturgia  -  José Aldazábal
 
