Anáfora
Palavra
grega que advém de anafero (elevar). O que elevamos a Deus é o louvor ou o
sacrifício.
É
o nome que recebe, nas liturgias orientais, o que agora chamamos Oração
Eucarística, e que, em latim, foi recebendo diversas denominações: prex
eucharistica, prex, contestatio, illatio, cânon, cânon actionis. Anáfora é o
nome que, por exemplo, a carta que o Consilium escreveu em 1968, por ocasião
das novas Orações Eucarísticas (cf. EDREL 2609-2627) e agora o Catecismo (CIC
1352) dá a esta oração. É a oração central da Eucaristia, que o presidente
dirige a Deus em nome da comunidade, louvando o Pai, oferecendo o sacrifício de
Cristo e invocando o Espírito Santo para que torne eficaz também hoje a
presença e a doação de Cristo aos seus.
A
Oração Eucarística na liturgia romana foi única, embora com Prefácios variados,
até que, em 1968, se admitiram oficialmente outras novas. Pelo contrário, nas
liturgias orientais sempre houve várias anáforas: baste recordar as de Serapião,
S. Basílio, S. João Crisóstomo, S. Marcos, a dos Doze Apóstolos, etc. De umas
para as outras, segundo as famílias litúrgicas a que pertençam e, sobretudo,
comparadas com as ocidentais, há diferenças de linguagem e de estrutura.
A
anáfora disse-se, durante os últimos séculos, em voz baixa, por parte do
sacerdote, na liturgia romana. Desde 1967, proclama-se nas línguas vernáculas e
em voz alta, com o tom solene e até lírico próprio desta oração, que representa
o ponto central da ação eucarística.
