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pão

«Seguindo o exemplo de Cristo, a Igreja utilizou sempre o pão e o vinho com água para celebrar a Ceia do Senhor.» «A natureza de sinal exige que a matéria da Eucaristia tenha o aspecto de autêntico alimento» (IGMR 319.321). 
O pão – fabricado à base de trigo, de arroz, de milho ou de outras substâncias parecidas – é o alimento básico da humanidade. Satisfaz a fome, dá fortaleza, e pode ser tomado como símbolo da própria vida. É, como diz a oração de apresentação no ofertório, «fruto da terra e do trabalho do homem». Ao mesmo tempo que é dom de Deus, «os sinais do pão e do vinho continuam a significar também a bondade da criação» (CIC 1333). «Ter pão para a família», ou «ganhar o pão com o suor do rosto», são símbolos de todo um tecido de valores para o sustento e desenvolvimento humanos.
Não é de estranhar que, tanto na Bíblia como no uso humano, apareça como símbolo de outros alimentos para a humanidade: «não só de pão vive o homem». Sobretudo, para os cristãos, o pão é um dos melhores símbolos para entender Jesus Cristo: «Eu sou o pão da vida» (Jo 6). E foi Ele que na Última Ceia estabeleceu o pão como sinal sacramental da sua doação eucarística aos seus. À Eucaristia, no primeiro século, chamou-se «Fracção do Pão». 
O pão da Eucaristia deve ser de trigo, e para a Igreja ocidental, ázimo, sem fermento (cf. IGMR 320). Mas, sobretudo, diz-se no Missal, que deve aparecer como alimento: o sinal de um sacramento deve ajudar expressivamente a entender o mistério que se celebra, que neste caso é que o próprio Cristo se quis fazer alimento sobrenatural para os seus crentes. 
Desde Pio XII (cf. Mediator Dei, 1947), recorda-se que se consagre pão novo em cada missa, «para que a Comunhão se manifeste, de forma mais clara, nos própios sinais, como par¬ticipação no sacrifício que nesta está a ser celebrado» (IGMR 85; cf. EM 31, EDREL 2524).