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Orate, frates (Orai, Irmãos)

«Depostas as oblatas sobre o altar e realizados os ritos concomitantes, o sacerdote convida os fiéis a orar juntamente consigo e recita a Oração sobre as oblatas. Assim termina a preparação dos dons e tudo está preparado para a Oração Eucarística» (IGMR 77). 
«Orate, frates» são as duas primeiras palavras, em latim, deste convite a orar. Provém do tempo carolíngio, no século VIII, e tinha um carácter essencialmente privado: uma oração na qual o sacerdote se reconhece indigno do Mistério que vai celebrar e pede para si a oração da comunidade. Em vários Sacramentários e Missais, o texto latino diz: «orate, frates et sorores» («orai, irmãos e irmãs»). 
Em português, presentemente, diz- 
-se: «Orai, irmãos, para que o meu e vosso sacrifício seja aceite por Deus Pai todo-poderoso». Há quem não aprecie muito a expressão «meu e vosso», que parece acentuar a distância entre o sacerdote e os fiéis. Embora não se possa entender bem esta alteridade, porque aquele que preside fá-lo em nome de Cristo, o sacrifício eucarístico é de Cristo, antes de mais, e depois da comunidade.