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Também na nossa civilização da luz artificial, a luz continua a exercer uma grande pedagogia e simbolismo: a luz das velas ou de uma lâmpada, mesmo quando não é necessária para ver, pode significar muito expressivamente a festa, a atenção, o respeito, a oração, a presença do invisível, a felicidade, a passagem a uma nova existência iluminada por Cristo. Por isso, pomos uma lâmpada diante do sacrário, e umas velas acesas na mesa, onde celebramos a Eucaristia, ou diante da imagem de Cristo ou da Virgem ou de um santo, para exprimir a nossa fé, o nosso amor e a nossa petição. 
Ao longo do ano, há dias em que este simbolismo tem particular relevo. Na Noite Pascal, celebramos com o simbolismo da luz a Ressurreição de Cristo. O Círio Pascal, aceso em todas as celebrações da Cinquentena pascal, será uma recordação do motivo da nossa festa principal. 
Mas também celebramos, ajudados por este simbolismo da luz, a Epifania do Senhor (a luz da estrela), a Apresentação do Senhor (a popular festa da Candelária, pelas palavras de Simeão, «luz para iluminar as nações»), a dedicação das igrejas, o dia do Baptismo e das exéquias, em que se acende o Círio Pascal, no princípio e no final do nosso caminho cristão. 
Este simbolismo da luz leva-nos a chamar «Luz esplendente» a Cristo, como o faz um hino das primeiras gerações. Queremos participar desta luz, porque Ele é, como se nos apresentou no Evangelho, a Luz do mundo, a manifestação da Luz do próprio Deus, e todo aquele que caminha nele não caminha nas trevas. Além disso, estamos destinados a viver como «filhos da luz»: na verdade, no amor, na felicidade.