Páginas

Laudes

Laudes
Em latim, significa «louvores». É o nome que se dá à oração eclesial que se faz pela manhã, laudes matutinæ. 
Já no Judaísmo antigo, os crentes se reuniam para a oração matutina e vespertina, e tinham salmos e cânticos adequados a essas horas. Também os cristãos, inicialmente, talvez por devoção pessoal e, mais tarde, como oração oficial da comunidade, organizaram a oração matutina de Laudes, sobretudo a partir do século IV. 
O último dos salmos desta hora toma-se de entre os chamados laudes ou louvores (sobretudo, os Salmos 148-150), que assim dão o seu tom laudativo, enquanto que o primeiro costuma ser um dos que falam da manhã («Senhor, sois o meu Deus: desde a aurora Vos procuro […]»). 
O Concílio recomendou que «as Laudes, como oração da manhã, e as Vésperas, como oração do entardecer, duplo eixo do ofício quotidiano segundo a venerável tradição de toda a Igreja, devem considerar-se as Horas principais e celebram-se como tais» (SC 89), e, sendo possível, com a participação do povo, de modo que se convertam em oração da comunidade cristã (cf. IGLH 40). 
«O Ofício de Laudes destina-se a santificar o tempo da manhã… Esta Hora, recitada ao despontar da luz de um novo dia, evoca também a Ressurreição do Senhor Jesus, a luz verdadeira que ilumina todos os homens, o “Sol de Justiça”, o “Sol nascente que vem do alto”» (IGLH 38). 
Na estrutura actual de Laudes 
(cf. IGLH 41-45) reflectem-se bem estas conotações da luz, da ressurreição, do início da jornada: nos hinos, nos salmos, nas leituras breves, no cântico do Benedictus (o sol que nasce do alto), nas preces de invocação e oferecimento da jornada, e na oração conclusiva, depois do Pai-Nosso. Antes, se não se fez já no ofício de leitura, pode-se rezar ou cantar o Salmo Invitatório.