intercessão
Interceder significa mediar ou advogar entre dois. Por isso, se dirigem a Deus os fiéis, confiados na «intercessão da Virgem ou dos Santos» e, sobretudo, da do Sumo Sacerdote, Jesus Cristo.
Também se «intercede», diante de Deus, pela humanidade ou por uma pessoa determinada ou pelos defuntos. É uma forma importante e antiquíssima de oração. Os crentes não só louvam a Deus e o invocam por si mesmos, mas também lhe pedem pelos outros, ou seja, intercedem sacerdotalmente, como mediadores, pela salvação do mundo (cf. IGLH 17 e 179).
Na Oração Universal ou dos Fiéis, na Eucaristia, «o povo…, exercen¬do a função do seu sacerdócio baptismal, apresenta preces a Deus pela salvação de todos» (IGMR 69). Na Oração Eucarística, desde o louvor inicial, brota espontânea a petição, as «intercessões» que, na segunda parte, se fazem pela Igreja, pelos oferentes, os presentes e os que de alguma maneira foram protagonistas da celebração (baptizados, confirmados, esposos, professos, ordenados, defuntos).
Na Liturgia das Horas também as intercessões têm especial significado, sobretudo em Vésperas: «em Laudes, as preces, a consagrar o dia ao Senhor; em Vésperas, as súplicas de intercessão» (IGLH 51). Em Laudes, estas preces são «invocações» por nós. Em Vésperas, como na Eucaristia, são «intercessões» pelos outros.
«A Liturgia das Horas é principalmente oração de toda a Igreja a favor de toda a Igreja, e ainda pela salvação do mundo inteiro. Neste sentido, as intenções de carácter universal virão, nas preces, logo em primeiro lugar. Nelas se pedirá pela Igreja com as suas diversas ordens, pelas autoridades civis, pelos que sofrem oprimidos pela pobreza, doença ou infelicidade, pelas necessidades do mundo inteiro, tais como a Paz e outras intenções análogas» (IGLH 187). Nas preces de Vésperas, a última intenção é sempre pelos defuntos (cf. IGLH 186).