dípticos
Esta
palavra é de origem grega, vem de dis (duplo), e ptyssein (dobrar, fechar), e
referia-se a uma tábua ou tabuinha de duas folhas ou asas, articuladas com uma
espécie de dobradiça.
Na
celebração litúrgica, utilizava--se para ter à mão as listas que se tinham de
proclamar: por exemplo, pelos que tinham oferecido algo para a Missa (os
«oferentes»), ou dos defuntos que se tinha de recordar, ou dos santos ou bispos
que se havia de nomear.
A
proclamação destas listas e intercessões, em algumas liturgias, fazia-se no
ofertório, como na hispânica, e, noutras, dentro da Oração Eucarística, como na
romana (memento dos vivos e defuntos).
Conhece-se
a existência dessas tabuinhas ou dípticos desde muito cedo: São Cipriano, no
século III, já comentava o seu uso: a frase «ler os dípticos» converteu-se em sinônimo
de «ler as listas».
