despedida
Nas
celebrações litúrgicas, como nas sociais mais solenes, há umas palavras e uns
ritos que dão a entender que «se encerra a sessão».
Na
Eucaristia, o rito de conclusão consiste numa saudação, uma bênção e umas
palavras de despedida: «Ide em paz». Antes da atual reforma, o rito era
bastante mais complexo: depois da bênção e do «Ite Missa est», ainda se rezava
o último Evangelho (o Prólogo de S. João), três Ave-Marias, duas orações e as
invocações ao Coração de Jesus. Nas missas de defuntos dizia-se «requiescant in
pace».
Agora,
«o rito de conclusão consta de: a) saudação e bênção do sacerdote, a qual, em
certos dias e em ocasiões especiais, é enriquecida e amplificada com uma
“Oração sobre o Povo” ou com outra fórmula mais solene de bênção; b) despedida
da assembléia, «para que cada qual possa regressar às suas ocupações, louvando
e bendizendo o Senhor» (IGMR 90). É o diácono – se existir – quem faz a
despedida «Ide em paz». «Se a Missa é seguida de outra ação litúrgica,
omitem--se os ritos de conclusão, quer dizer, a saudação, a bênção e a
despedida» (IGMR 170). Em nenhuma das famílias litúrgicas houve alguma vez um
cântico de saída.
Na
Liturgia das Horas também tem lugar esta despedida, se presidir um sacerdote ou
um diácono: saudação, bênção e «Ide em paz». Se quem preside não é ministro
ordenado, e na recitação individual, conclui-se: «O Senhor nos abençoe…» (IGLH
54).
Um
caso clássico é o da despedida dos catecúmenos: pelo menos desde o século IV
diz-se que, depois das leituras e homilia, antes da «oração dos fiéis», se
fazia a «missa catecumenorum», a despedida dos catecúmenos. Também agora, no
rito de entrada, no catecumenato, se, depois, se segue a Eucaristia, antes do
ofertório, despede-se os catecúmenos (cf. RICA 72).
No
sacramento da Penitência, diz o Ritual que, depois de dar graças a Deus, o
sacerdote despede o penitente na paz do Senhor (cf. CP 20), quer na celebração
individual quer na comunitária.
E,
finalmente, uma celebração onde tem particular relevo a despedida é a das
Exéquias cristãs. «Depois da missa de exéquias realiza-se o rito da última
Encomendação e Despedida. […] O rito é introduzido pelo sacerdote, que explica
o seu significado; seguem-se, depois de alguns momentos de silêncio, a
aspersão, a incensação e o cântico de despedida […] de modo que todos o sintam
como um momento culminante do rito» (Ritual, Preliminares gerais 10; in EDREL
1614).
