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Beber

Beber


Do latim, bibere, não só aponta para a satisfação da sede, mas entende-se também no sentido simbólico, pois, além da sede física, pode-se ter sede de felicidade, de amor, de sabedoria.
No diálogo com a samaritana, Jesus promete-lhe uma água que apagará para sempre a sede (cf. Jo 4). O próprio Cristo é a água viva, a única capaz de satisfazer toda a sede humana. Outras vezes, trata-se de «beber o cálice» (Jr 49,12; Mt 26,42) com a conotação da dor e do sacrifício.
Na liturgia cristã, o beber, juntamente com o comer, converteu-se no sinal sacramental central da Eucaristia. A comida e a bebida, com outros, em comunidade, do pão e vinho que se convertem no Corpo e no Sangue do Senhor Ressuscitado, é o gesto simbólico que mais nos ajuda a entender o mistério da Eucaristia que, além de um gesto alimentador da unidade fraterna reconciliada e festiva, nos oferece o próprio Cristo como alimento e bebida para o caminho. «Tomai e bebei todos dele», referido ao cálice do vinho-Sangue, é a melhor expressão de um sacramento que nos faz partícipes da alegria e da força salvadora do Sangue de Cristo na Cruz, o sacrifício e o Sangue da Aliança definitiva.

Dicionário Elementar de Liturgia  -  José Aldazábal